Em qualquer processo de produção, independentemente de quão bem projetado ou cuidadosamente mantido ele seja, uma certa quantidade de variabilidade inerente ou natural sempre existirá.
Essa variabilidade natural ou “ruído de fundo” é o efeito cumulativo de muitas pequenas causas, essencialmente inevitáveis.
Quando a variabilidade natural de um processo for relativamente pequena, geralmente considera-se o processo com um nível aceitável de desempenho.
No campo do controle estatístico de processo, essa variabilidade natural é considerada uma variação de causa comum, ou seja, inerente ao processo.
Um processo que esteja operando somente com causas comuns de variação é dito sob controle estatístico.
Outros tipos de variabilidade podem ocasionalmente estar presentes na saída de um processo e normalmente surgem de seis fontes: material, mão de obra, meio ambiente, método, máquinas e medição.
Tal variabilidade é usualmente grande quando comparada a variação natural, caracterizando um nível inaceitável de desempenho de processo.
Referimo-nos a essas fontes de variabilidade, que não são parte do padrão de causas comuns, como causa especiais.
Um processo que esteja operando na presença de causas especiais é dito fora de controle.
A tabela abaixo exibe alguns exemplos de causa comum e causa especial de variação.
Tabela 1 – Exemplos de causa comum e causa especial de variação
Há uma importante relação entre as causas que acabamos de discutir, no que se refere a atuação para tratamento das causas de variação no processo.
A pergunta frequentemente feita é: Quem atua nas causas comuns e quem atua nas causas especiais de variação?
Tipicamente o tratamento das causas de variação é dividido em ações locais e ações gerenciais.
Apesar de ser um conceito básico, muitos gestores se esquecem da definição das causas comuns de variação e muitas vezes requerem mudanças desnecessárias no processo acarretando perda de tempo, dinheiro, prestígio e ainda por cima, acabam gerando variabilidade adicional ao processo.
É claro, que as ações exigidas para redução de causas comuns de variação devem partir do time gerencial, no entanto elas devem ser aplicadas quando realmente necessárias, ou seja, quando o processo estiver sob controle e ainda sim, não estiver atingindo as especificações do clientes e estiver gerando perdas para a empresa e para a sociedade como um todo.
É comum pensar sobre o controle estatístico de processo como um conjunto de ferramentas para resolver problemas, que pode ser aplicado a qualquer processo. As ferramentas mais importantes do CEP são:
Na minha opinião, um elemento igualmente importante do CEP é a atitude! Um desejo de todos os indivíduos na organização para melhoria contínua na qualidade e produtividade pela redução sistemática de variabilidade.